Panizzutti fala sobre os avanços das neurociências

“As pesquisas nas áreas das neurociências estão avançando, mas falar hoje em ginástica para o cérebro é como se falássemos em academia de ginástica nos anos 50. Isso significa dizer que, em alguns anos, muitas pessoas provavelmente farão exercícios para o cérebro regularmente”, disse o neurocientista Rogério Panizzutti, minutos antes de sua palestra na abertura da 6ª Convenção dos Franqueados SUPERA, realizada entre 30 de novembro e 2 de dezembro, em Guararema, interior de São Paulo.

Segundo o médico, estudiosos recentes observaram como o cérebro se comporta durante o desenvolvimento e comprovaram sua plasticidade, ou seja, sua capacidade de se transformar, sobretudo quando submetido a estímulos adequados.

Nos bebês, os desafios da fala, dos primeiros passos, do aprendizado de um segundo idioma já exercitam o cérebro. À medida que recebem elogios por seus progressos e aprendem a se concentrar, aumentam seu interesse pelas coisas e ganham capacidade de realizar atividade com alto grau de complexidade.

Diferente do que se pensava antigamente, o cérebro dos adultos e, inclusive, dos idosos, também pode se modificar a partir de estímulos, mas eles precisam estar engajados em suas atividades desafiadoras.

“Ao observarem cérebros de pessoas que começaram a tocar violão, por exemplo, pesquisadores perceberam um ganho de volume na área do cérebro que corresponde às mãos”, explicou Rogério Panizzutti, pós-doutorado no assunto pela Universidade da Califórnia, San Francisco.

Panizzutti acredita na importância da continuidade destes estudos e apoia o trabalho da Franquia SUPERA. Os exercícios propostos pelo Método impõem desafios para o cérebro de seus alunos, seja pelo uso do Soroban, pelos jogos ou pelas dinâmicas aeróbicas para o cérebro. As habilidades percebidas, com o passar do tempo, no curso, são uma prova da neuroplasticidade de nosso cérebro.

Neuroplasticidade ou plasticidade do cérebro refere-se à capacidade que ele tem de se modificar ao longo da vida. O cérebro tem uma impressionante habilidade de se organizar sozinho, formando novas conexões entre as células que o compõem (os neurônios). Além dos fatores genéticos, o ambiente no qual a pessoa vive e as atividades que ela pratica, desempenham um papel na plasticidade do cérebro.

O cérebro se desenvolve em três ocasiões: no início da vida, quando o cérebro imaturo se organiza sozinho; em casos de lesões no corpo, para compensar as funções perdidas; ou na vida adulta, quando alguma coisa nova é aprendida ou memorizada. Quando estimulamos o cérebro, aprendendo ou praticando exercícios desafiadores de forma concentrada, novas conexões podem se formar e a estrutura interna das sinapses pode mudar.

*Equipe de Comunicações Franquia de Escola SUPERA